Contos de Verdade

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Pode comprar o livro Contos de Verdade on-line em:

CHIADO EDITORA: https://www.chiadoeditora.com/livraria/contos-de-verdade-ja-percebeste-que-nao-te-contaram-a-verdade

FNAC: http://www.fnac.pt/Contos-de-Verdade-Marta-Coias/a988419

 

Ou em livrarias/lojas:

Abhyasa Yoga Center, Lisboa, Av. Duque de Loulé

https://www.facebook.com/abhyasayogacenterlisbon/

 

F.K.Nepal, Rua do Bemformoso Nº101 – Lisboa

http://www.fknepal.com/localizaccedilatildeo.html

 

Clube Literário Chiado

Avenida da Liberdade, 180, piso -1, Loja F, Tivoli Forum

1250-146 Lisboa

 

Livraria Papelaria 115

Rua da Moeda, nº 32

3000-300 Coimbra

 

Livraria de José Alves

Rua da Fábrica, n.º 74

4050-246 Porto

 

Livraria Esperança

Rua dos Ferreiros, 119

9000-082 Funchal

 

Livraria Graça

Rua da Junqueira, n.º 46

4490-519 Póvoa do Varzim

 

Livraria Lusíada de Libânio Jorge   

Rua Teófilo Braga nº 110

8900-333 Vila Real de Santo António

 

Livraria Oswaldo Sá

Rua 25 de Abril, 435

4710-913 Braga

 

Um pouco do livro…

O verdadeiro conhecimento

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O verdadeiro conhecimento não é passível de ser adquirido. Todo o conhecimento que pode ser ganho pode também ser perdido. Todo o conhecimento que diz que tal coisa é assim, pode ser mudado, revisto, ajustado, não sendo nunca um conhecimento final ou fechado. Todo o conhecimento (palavras e teorias) sobre o conhecimento primordial, são apenas guias, dedos que apontam para o indescritivel, não tendo em si o verdadeiro conhecimento. Este não nega todo e qualquer tipo de conhecimento passível de ser conhecido, já que todo ele dará expressão a uma interpretação de si mesmo, mas a uma parte, a uma perspectiva, uma forma de olhar. Como há uma, há mil. É preciso não nos prendermos a nenhuma explicação, já que o risco de a tomar como o conhecimento final fecha as portas ao verdadeiro conhecimento, para o qual nenhuma explicação é suficiente! Para uma redescoberta do conhecimento eterno e imutável há que desaprender o que foi posto em cima do que lá está. Há muito mais a desaprender do que a conhecer para que haja um verdadeiro reconhecer.

Pergunta a ti mesmo:
– O que posso afirmar com toda a certeza?
– O que sabia antes de ter aprendido alguma coisa?
– O que é que é verdade desde o dia que nasci até ao dia de hoje?
– O que é que existe sempre?
– És diferente da resposta que deste às perguntas acima?

 

Sou um bêbado

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Sou um bêbado da vida, um viciado em emoções. Cada garrafa é pequena demais para a minha sede. Entrego-me ao vício como faminto se entrega ao pão. No momento, sem medo que ele termine, tragando dentadas do tempo que não se extingue. No fundo de cada garrafa o vazio… o vazio da última gota, da última prova, do último sabor. Mas que Universo belo este que me brinda com garrafas de coleção, não uma …mas garrafeiras inteiras só para mim. Oh Universo porquê tanto?! Perco-me no meio da escolha, sabendo que não há mesmo como me perder, em cada escolha encontro o que procurava mesmo sem saber. Bebo uma, duas, três… cambaleio na loucura que é viver embriagado pelo nada querer..agarram-me as mãos que vão passando perto de mim, eu agarro-as também, nunca caminhamos sós, eu sei…
Tropeço nestas ruas apressadas onde correm seres sóbrios: “ohhh pobres estes que não sabem ter já a garrafa tão a jeito no bolso”. Consome-me este vicío que é sentir a embriaguez total do momento, onde cada movimento é bebido, engolido e transformado em mim. Sou um bêbado de rua, entregue ao som melancólico da noite, ao uivar do nascer do dia, caindo de bêbado nos portais das casas que me esperam na noite tardia. E se não esperavam….durmo à porta…no meu mundo não cabem paredes. Espero um novo Sol a despertar-me…delicado…e a embriaguez, que ainda não tinha passado, está cá outra vez.
Sou um bêbado feliz…

 

 

Se parássemos

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Se parássemos e olhássemos p´ra fora da janela…apenas alguns metros acima do chão…
É tudo tão calmo, tão perfeito… harmonioso. Não há conflito, não há luta, não há competição, não há tentativas de nada. Nada tenta e tudo consegue na perfeição. Não há nada para decidir, há apenas fluir. Há existência plena expressa num movimento constante e equilibrado. O vento que sopra na pele das folhas ... acariciando cada uma de maneira diferente, nenhuma se importa de tocar na outra, não há espaço delineado, todo o espçao é seu e nele tudo cabe. E cada árvore, cada ramo, cada folha dança uma música só sua, conta a sua história num balançar único e ainda assim tão partilhado. Os pássaros voam embalados pela mesma melodia que o vento assobia, sibilante aos ouvidos sensíveis de um coraçao que bate tão rápido como as asas criando um tempo diferente do nosso.
Apenas alguns metros acima do chão.
E ainda me pedem que baixe à terra?

Sou vento.

 

 

We are all dreaming!!

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Ao que vês chamas realidade. Ao que não vÊs chamas inexistente. Aquilo que pensas dá-te o que sentes, o que escolhes não viver, muitas vezes, dá-te ressentimento.
Não vês aquilo que É. Vês aquilo que pensas sobre o que É. Não pensas concretamente sobre o que vÊs, pensas pelo filtro do que achas que é. Não sentes o que está à tua frente, sentes o que podes e consegues através do teu condicionamento.
Julgas a realidade dos outros como sendo uma ilusão, tomas a tua como verdade, os outros tomam-na como ilusória. Tão ilusória como o inexistente que tu não vÊs.
A realidade não existe como algo concreto! Cada um tem a sua…e todas são ilusões… Se queres respeito pelos teus sonhos, respeita os sonhos dos outros.

We are all dreaming!!

 

 

Os espelhos dos nossos olhos

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Andamos todos em processo de cura. Uns curam o que não lembra a outros como sendo algo a curar. Alguns curam outros sem nunca saber que foram os curadores. Outros recebem cura das estrelas, do Sol e da Lua, da Terra . Há pais que curam filhos e filhos que nascem para curar pais. Há conversas que iniciam processos, outras que os terminam, outras que os arrastam. Há conversas que geram cura, conversas que só complicam e há ausência de conversas que bloqueiam o fluir natural e inevitavel da cura. Os processos são infinitos…a cura também…. somos as mãos uns dos outros. Os espelhos dos nossos olhos estão noutros olhos. Não importa a cor. Lá dentro é tudo o mesmo…. vejo-me cada vez mais ao olhar-te! E nem sempre quero olhar…

 

 

Não morras aos poucos enquanto estás vivo!

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Queixamo-nos da vida em silêncio ou no ombro de alguém. Andamos stressados, cansados, acelerados, sem tempo, sem paz. Temos vontade de fazer não sei quantas coisas e inventamos logo não sei quantas desculpas para não as fazer. Já aquelas coisas “chatas” que temos mesmo de fazer todos os dias, essas fazemos, mais ou menos contrariados, mas fazemos (afinal são obrigações… – REALLY?? QUEM DISSE?? E PORQUE ACREDITASTE?). E depois não temos tempo para o resto?!! Desculpas! Desculpas estas que nos parecem mais do que lógicas e realistas, colocando a responsabilidade da desculpa em algo externo, na decisão de que o cenário da realidade (aparentemente fora de nós) não é o adequado para que a vontade se manifeste. E arrastamos a vida num estado de misericórdia pela nossa propria insatisfação, perpetuando-a… Como se não houvesse opção, como se fossemos vítimas desta vida e deste mundo. Não devíamos antes ter misericórdia de nós mesmos? Ter compaixão de verdade por nós próprios?! Deixarmo-nos de merdas, de desculpas esfarrapadas, de esperas vãs?! … Seria, no mínimo, mais inteligente. Mas a nossa inteligência está minada de estupidez, de prisões criadas por pensamentos e julgamentos sobre nós proprios, o mundo e os outros. Aiii os outros!!! Dahh…. Costruímos as paredes e depois queixamo-nos que estamos apertados e não nos conseguimos mexer. E depois a sra. mente ouve palavras como estas e inventa logo outra desculpa qualquer: “não é às primeiras que se manda uma casa com tantas paredes abaixo!”. Ora pois não! Começa por não lhe acrescentar mais divisões, por não estreitar as paredes e por não te atulhar em mais caixotes a rebentar disparates pelas costuras. Liberta-te da falsa noção de falta de espaço (possibilidade) para te moveres. Como as paredes iniciais nunca existiram a não ser na tua cabeça elas caem sozinhas quando a cabeça não as conseguir manter de pé. E este não conseguir é a maior vitória! A vitória de ti sobre a criação da tua própria masmorra! Pára de te queixar….não vÊs que é isso que te mantém nesse estado de fraqueza e rendição ao aparente inevitável sofrimento? Faz-te à pista porra!!! A vida é toda tua!!! Tu és a vida!!!!!! Não morras aos poucos enquanto estás vivo! Faz isso por ti….POR FAVOR!

Deixa-te cair no abismo do desconhecido…vais descobrir mãos divinas a ampararem-te por todo o lado.